29 de agosto de 2008

Racing pigeon life

Prémio Jovens Músicos 2008 teve 152 intérpretes inscritos






Cento e cinquenta e dois músicos participaram na 22.ª edição do Prémio Jovens Músicos, PMJ, organizado pela RDP Antena 2 e cujas provas finais decorrerão entre 02 e 6 de Setembro no Teatro Nacional de São Carlos.
As provas eliminatórias do Prémio, a mais importante competição de música clássica em Portugal, realizaram-se entre 21 e 27 de Julho na Casa da Música, no Porto.
Os vencedores nas diversas modalidades do concurso - trombone, trompete, fagote, flauta, contrabaixo, violino, piano e música de câmara (níveis médio e superior)- participarão em 25 de Setembro, às 22:00, no Concerto dos Laureados, este ano a realizar pela primeira vez no Porto, mais precisamente na Sala Suggia, Casa da Música, e com transmissão em directo na Antena 2 e em diferido, em data a anunciar, na RT2.
Acompanhará os concertistas a Orquestra Gulbenkian, dirigida pelo maestro Cesário Costa.

Este ano sob a direcção do compositor Luís Tinoco, o PMJ tem no júri músicos como Teresa de Macedo, Osvaldo Ferreira, António Rosado, Miguel Borges Coelho, Roberto Erculiani, David Harrison Hugo Assunção, Severo Martinez, António Augusto Aguiar, Pedro Wallenstein, Alexandra Mendes, Xuan Du, Nuno Inácio, Katherine Rawdown, António Quítalo, Steve Mason, Ana Telles, Alberto Roque e Christopher Bochmann.
Importante plataforma de lançamento no mundo musical para muitos dos laureados, o PMJ revelou, desde a sua criação em 1987, músicos de craveira internacional como Pedro Carneiro (percussão), Alexandre Delgado (viola), Gerardo Ribeiro (violino) e Paulo Gaio Lima (violoncelo).
Em cada uma das modalidades, os vencedores ganham prémios pecuniários (o mais elevado no valor de 2000 euros) e uma bolsa de estudo da Gulbenkian.

Será ainda gravado um CD com andamentos de concerto (ou outras peças de repertório) interpretados pelos vencedores da edição de 2007 e da edição em curso.
No Concerto dos Laureados, o júri atribui ao melhor solista da noite o Prémio Especial Maestro Silva Pereira, no valor de 2500 euros, destinados ao financiamento duma masterclass de nível internacional.
Diário Digital / Lusa

Invitation from Hungarian Association of Falconry

28 de agosto de 2008

Children of War




Children of War dont forget .....
Help if you can...

28-08-2008 20:47

MNE japonês distingue Fundação Gulbenkian com Louvor


Ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Masahiro Komuro, distinguiu a Fundação Gulbenkian com um Louvor de Mérito pela sua contribuição para a divulgação da cultura japonesa, informou hoje a embaixada nipónica em Lisboa.
«Este Louvor - esclarece a embaixada num comunicado - distingue personalidades ou instituições que tenham contribuído com uma intervenção relevante no âmbito da promoção do entendimento mútuo e dos laços de amizade entre o Japão e Portugal».
Um Certificado e uma Placa comemorativa do Louvor serão entregues dia 10 de Setembro na residência oficial do embaixador, Hara Satoshi, em cerimónia em que estarao presentes, em representação da Fundação, o seu presidente, Rui Vilar, e outros membros da administração.
No comunicado sobre a distinção, a embaixada relembra que a Fundação tem levado a efeito, desde a sua criação, em Julho de 1956, «inúmeras actividades ligadas ao Japão» e que, em 1985, o primeiro presidente daquela entidade, José Azeredo Perdigão, recebeu a Condecoração do Imperador do Japão, «pela sua intensa contribuição».
Relativamente ao actual presidente da Fundação, a embaixada realça que Rui Vilar «nunca hesitou em mostrar uma atitude positiva na colaboração com a Embaixada do Japão, tendo contribuído muito para o desenvolvimento das relações entre o Japão e Portugal».
De entre as mais recentes manifestações culturais japonesas a que a Fundação abriu o seu espaço, o comunicado destaca a apresentação teatral de Noh-Kakitubata (Junho de 2007), da soprano Yumiko Tanimura (Dezembro 2007) e dos Tambores Japoneses pelo grupo Tachibana Taiko Hibikiza (Janeiro 2008).
No mesmo quadro de relacionamento, refere ainda o comunicado, a Fundação tem oferecido bolsas de estudo para jovens investigadores do Japão através do Instituto Gunbenkian de Ciência e desenvolvido actividades «em várias áreas, periodicamente», nomeadamente no apoio à edição de livros, organização de concertos, ciclos de cinema e exposições, contribuindo para «o entendimento mútuo e também promovendo a amizade entre os dois países».
Diário Digital / Lusa

El arte de vivir el Flamenco

"La organización quiso rendir un emotivo homenaje al cantaor linarense Luis de Castro por su larga trayectoria El premio a la letra ganadora recayó sobre la joven Juana Iglesias Carmona.........."
Luis de Castro, que además ganó el primer premio de aficionados en el concurso de Tarantas de 1975, subió al escenario emocionado, casi impresionado, pese a haber actuado ante grandes artistas como Lola Flores o Manolo Caracol.
Con un simple gracias, Luis de Castro agradeció un homenaje que los amantes y aficionados al flamenco de la ciudad quisieron agradecerle.
El punto y final para una noche que abría la puerta para los últimos días de este concurso de Tarantas, cuya final de cantes libres se celebró anoche y será esta noche cuando tenga lugar la final de tarantas, culminó con la actuación del cantaor Enrique Soto, que participó como miembro del jurado durante las fases selectivas del concurso, acompañado de 'El Calao', en una actuación que abría la mecha a las actuaciones de los artistas invitados a las dos finales, Mayte Martín y José Mercé.

El arte de vivir el Flamenco recupera sus raíces


La Fiesta de la Bulería de Jerez recupera sus raíces.
El espectáculo, que se celebrará en la noche del próximo 13 de septiembre en la plaza de Toros, empezará con la actuación del bailaor Antonio 'El Pipa' Y volvió a Jerez la Fiesta de la Bulería. Los preparativos para esta singular convocatoria, dentro de la programación de las Fiestas de la Vendimia, ya están en marcha y en esta ocasión destacan por llevar por bandera la presencia femenina.

A29: Acidente provocou derrame de 4 toneladas ácido clorídrico


O acidente de segunda-feira com um camião cisterna na A29 provocou o derrame de quatro toneladas de ácido clorídrico, que destruiu parte significativa da vida no Rio Febros, revelou hoje o vice-presidente da Câmara de Gaia.
Em conferência de imprensa, Marco António Costa lamentou que o acidente tenha afectado um curso de água recentemente recuperado pela Câmara de Gaia e que contava já com fauna própria. No entanto, o autarca garantiu que a partir de segunda-feira será implementado um novo plano de reabilitação daquele rio que desagua no Douro, junto ao Areinho de Avintes.
«Num dia, a água do rio contava com um ph de 7.1, quase boa para ser bebida. Um dia depois tinha acidez extrema de 3.2», frisou.
Neste momento, porém, a prioridade é continuar a monitorizar a situação e avaliar a extensão dos danos provocados pelo despiste do camião.Durante segunda-feira injectámos no rio milhares de metros cúbicos de água para ajudar a diluir o ácido, ao mesmo tempo que realizámos centenas de análises. Parte significativa do ácido diluiu-se, mas outra parte importante ficou depositada no fundo do ribeiro. Em função da dinâmica do próprio caudal, hoje foi-se libertando, provocando a morte da maioria da fauna existente», disse o autarca.
A Câmara de Gaia avisou já a GNR e a Capitania do Douro, de modo a serem levantados autos de notícia e a promover-se uma fiscalização ao longo do curso do rio, proibindo a tradicional pesca que lá existe e avisando as populações para não usarem a sua água nem para a dar de beber a animais nem para rega.
Diario Digital

Perito holandês diz que transmissão de tradições está ameaçada



O linguista holandês e ex-responsável da UNESCO Rieks Smeets defendeu que a transmissão das tradições culturais de geração em geração está ameaçada devido à televisão e à falta de convívio entre crianças e idosos.
Segundo o antigo director da Secção de Património Cultural Imaterial da UNESCO, a transmissão das tradições culturais é uma das manifestações que mais está ameaçada por causa de, entre outros factores, da «globalização» e da «escolarização», uma vez que «as crianças passam menos tempo com os idosos».
Smeets apontou também a televisão como factor ameaçador, embora tenha lembrado que alguns países já começaram a utilizar os meios de comunicação para divulgar os seus patrimónios culturais imateriais.
O responsável, que falava na XXV edição da Universidade de Verão da Andorra, adiantou que os cem países que assinaram em 2003 a Convenção para a Protecção do Património Cultural Imaterial estão a elaborar inventários que permitirão determinar quais os bens que receberão ajudas para a sua preservação.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) conta com um fundo de 3,5 milhões de dólares (2,3 milhões de euros) para proteger os bens culturais que necessitam de uma intervenção «urgente».
Diário Digital / Lusa

27 de agosto de 2008

Part of bird reserve left to sea

Part of one of Britain's most important bird reserves is to be abandoned because of coastal erosion.
Up to a third of the RSPB's Titchwell Marshes on the north Norfolk coast will be given up to protect the rest of the sanctuary from the encroaching sea.
Salt water would damage the freshwater habitat at the reserve, which is home to rare species including bitterns, bearded tits and marsh harriers.
The RSPB says it will spend £1.5m on a managed retreat and new sea walls.
The erosion of the coast has put the reserve's mixture of brackish marshes - salt marshland which is diluted with freshwater - freshwater marshes and reedbeds at risk of inundation, threatening the resident birds.
At any time, high tides and storm surges could breach the current sea walls which protect 56 hectares (138 acres) of the site.
The managed retreat will see 11 hectares (27 acres) of brackish marsh return to saltmarsh and mudflats exposed to the tide.
Rob Coleman, the reserve's manager, said the need for the scheme "was clear".
"We faced a stark choice between sacrificing the brackish marsh or losing the whole site to the sea."
Climate change
The RSPB's Helen Deavin, project manager of the managed retreat, said the scheme should ensure the reserve is protected for 50 years, when the natural erosion process is expected to move further down the coast.
"We've got to bear in mind the impacts of climate change such as sea level rises along the coast and increased storminess. These problems aren't going to go away," she added.
But despite losing the brackish marsh, the newly-created intertidal saltmarsh and mudflats will also become important habitats for birds, the RSPB said.
The charity is also planning to create more island nesting sites for breeding avocets in the freshwater part of the reserve and at the Freiston Shore and Frampton Marsh reserves, about 19 miles away.
Four more hectares of reedbed for bitterns will also be created.
The site, visited by around 90,000 people a year, was a tank range during World War II and the site of a military hospital.
BBC News

Welcome to Matosinhos- Flamenco- Entrada Livre


Joaquín Cortés actua sexta-feira em Matosinhos
O bailarino espanhol de flamenco Joaquín Cortés apresenta sábado, na marginal de Matosinhos, o espectáculo «Mi Soledad» com entrada livre, anunciou hoje fonte da autarquia.
Integrado na programação de animação do Verão Matosinhos`08, «Mi Soledade» é a produção que Joaquín Cortés tem apresentado em tournée mundial.
Em palco, Cortés será o único bailarino, mas estará acompanhado por um grupo de 16 músicos e cantores.
«Será um espectáculo único que alia a força da dança, os cânticos e a mística da cultura flamenca à mágica representação de um dos maiores bailarinos do género», salienta a fonte da Câmara de Matosinhos.
Nascido em Córdova, em 1969, no seio de uma família cigana, Joaquín Cortés começou os estudos de dança aos 12 anos e, com 15, ingressou no Ballet Nacional de Espanha.
Diário Digital / Lusa




26 de agosto de 2008

Bach's "Allemande" from Lute Suite BWV 995.


Filomena Moretti


TOCÁ RUFAR

Orquestra de Percussão Tocá Rufar
TOCA RUFAR
Tocá Rufar no Edificio da Alfândega - Porto
Terreiro do Paço - Lisboa (Toca' Rufar)-No primeiro domingo sem carros. Orquestra de percussão "Tocá Rufar" actua na maior praça da Baixa Lisboeta, em frente ao arco triunfal da Rua Augusta.
Portugal a Rufar - Dia do Bombo
Tocá Rufar em Berlim 24-30 Junho no European Youth Meeting.
Lisbon, Portugal. Comércio Square and the arch of triumph.
Tocá Rufar na Praça do Comércio (v.2)First Sunday without cars. Downtown (Baixa-Chiado), August 2007. Portuguese traditional drums. Percussion Orchestra - http://www.tocarufar.com/espectaculos/orquestra/index.php
Toca' Rufar @ Comercio Square -Lisbon (v.3)-Portuguese traditional drums. Percussion orchestra - Tocá Rufar - live performance @ Commerce Square and the arch of triumph. First 'Sunday without cars'. Lisbon downtown, August

Toda a vida fui pastor, toda a vida guardei gado


No Portugal Rebelde a entrada é gratuita


"Asas" - Eugénia Melo e Castro


The Rhone: France's poisoned artery

Beneath the waters of the Rhone, which flows through some of France's key tourists spots - from Lyon, to Avignon and on to the Camargue nature reserve - lurks an environmental disaster so grave that it has been described as
"the French Chernobyl".


Jean Luc Fontaine's backyard is an Aladdin's cave of nets, eel traps, bait boxes and buoys.
His three fishing boats, caked in dust, are propped up on trailers, with stale-smelling fishing nets spilling over the edge.
Mr Fontaine peers inside one of the boats and swishes his hand in a puddle of stagnant water that has collected on the bottom.
"All this equipment has just been lying here rotting for over a year," he told me.
"I've been a river fisherman for 25 years and all this stuff here is my life."
He threads his fingers through one of the nets. "I made some of this stuff with my own hands. One day I was working, the next I was just told to stop."
Along the length of the Rhone, from Lyon down to the Camargue estuary, river fisherman have been ordered by the French government to moor up their boats.
Last year, a dredge of the Rhone showed contaminated sediment in its bed and a local fisherman, concerned that birds seemed to be dying around the Grand Large area, just outside Lyon, sent some of his catch to a laboratory to be tested.
The fish contained 12 times the legal safety limit of the toxic chemicals polychlorinated biphenyls, or PCBs.

Environmental pressure groups, convinced the pollution would be carried through the food chain, pressed the government to start screening humans and this summer scores of Rhone inhabitants were tested by Asef, an independent group of doctors who are increasingly concerned about the effects of pollution on human health.
The results were alarming. Those who have regularly swum in or eaten fish from the river, often have 20 times more PCBs in their blood than those who have not.
Sixty-five-year-old Dr Henri Ceresola spent much of his boyhood playing in the river at Arles and its perch, bream and eel have made up the principal part of his diet.
A recent blood test showed he has 100 picogrammes of PCBs in his blood. Most of us have around 0-10 picogrammes.
A few years back Dr Ceresola was diagnosed with cancer and, as a medical doctor, he is well aware that PCBs can cause not only infertility and birth defects in mammals, but also colon and breast cancers.
"Is there a link between the pollution and my cancer?" he asks.
"I don't know. But the government has known about the Rhone's pollution for a very long time."
Time-bomb
The Rhone cuts through France's biggest concentration of chemical industries.
Since the 1920s, PCBs have been used in industry across the world in transformers, electrical generators and insulating fluid.
They were banned in 1986 after it was understood they posed a serious danger to human health, but they still leak from old electrical devices and hazardous waste sites.
Environmental groups have been warning the government for years about the high levels of toxic chemicals that have leaked into the river water but, as recently as 1992, France was still allowing shipments of PCB-contaminated waste from Australia to be treated in a once government-owned industrial waste processing plant near Lyon.
Campaigners say successive French governments have chosen to ignore what they call the "ticking time-bomb" of river pollution.
At the mouth of the Rhone, in Port St Louis in the Camargue, the local people who have agreed to undergo testing show extremely high levels of PCBs in their blood.
In the market place, where Andre Manoukian mans his fish stall, there are few freshwater fish in sight.
"I'm always careful to label my fish, so customers know where it's come from," he says. "I never buy from round here."
Like most local people I talk to, he also points out that this PCB pollution scare is not new and wonders why the government has not acted faster to protect people from possible dangers.
"Water from the Rhone is used to irrigate crops and even the Camargue rice," he reminds me. "We should be testing everything".
Political clout
At the small St Louis port, the sea fishermen are busy landing today's catch and putting it in ice-boxes ready for market.
Less than a kilometre away at the estuary, the freshwater fishermen like Jean Luc Fontaine are surviving on government handouts.
Mr Fontaine laughs bitterly when I ask him if the river fishermen plan to stage a protest. He reminds me there are simply not enough of them to blockade ports like their marine counterparts do and, unlike the sea fishermen, they have no political clout.
"It's shameful, shameful," he says. "I'm nearly 50 years old and this river has been my life.
Now I'm scared of the future."
Tellingly, Mr Fontaine has declined an offer to have his blood screened.
By Emma Jane Kirby BBC News, Port St Louis

Tattoo


The Thorn Birds - 1983 - Pássaros Feridos


1982 - Amar Pra Viver ou Morrer de Amor


01 Filosofia De Estrada
02 Mesmo Que Seja Eu
03 Meu Boomerangue Não Quer Mais Voltar
04 O Fim Do Eco
05 Geração Do Meio
06 Amar Pra Viver Ou Morrer De Amor
07 A História Dos Meus Sonhos
08 Pão De Açúcar [Sugar Loaf]
09 Noite Cheia
10 Você Ou Não Você [Eis A Questão]
11 Depoimento De Erasmo Carlos
Roberto Carlos - Pájaro Herido (1989)

25 de agosto de 2008

«O Cavaleiro da Ilha do Corvo» adaptado ao cinema


O romance «O Cavaleiro da Ilha do Corvo. A conspiração dos Cristoforos», do historiador Joaquim Fernandes, já tem um projecto para cinema numa adaptação de Elsa Wellenkamp, ex-realizadora da RTP e actriz de «Amor de Perdição», de Manoel de Oliveira.
Fonte ligada à produção adiantou que a versão cinematográfica deverá ser co-realizada pelo cineasta e artista açoriano Zeca Medeiros, actualmente envolvido num documentário sobre Antero de Quental e convidado para este novo projecto por via da sua identificação com as ilhas açorianas onde decorre boa parte da acção.
A banda sonora da película deverá apresentar em estreia absoluta uma peça composta por Damião de Góis, ele próprio um melómano instruído na corte De D. Manuel I.
O argumento do romance parte de uma descrição daquele cronista régio que assinala a existência de uma enigmática estátua equestre descoberta na ilha do Corvo e o seu transporte para Lisboa, facto que pela primeira vez em 500 anos de História, abala a tese da prioridade portuguesa nas viagens de descobrimento no Atlântico. O cronista refere que a descoberta ocorreu no período a que classificou de «nossos dias», ou seja, no seu tempo de vida, provavelmente entre os finais do século XV e os inícios de XVI, no decurso do reinado de D. Manuel I e durante as primeiras tentativas de colonização da ilha do Corvo.
O monumento era «uma estátua de pedra posta sobre uma laje, que era um homem em cima de um cavalo em osso, e o homem vestido de uma capa de bedém, sem barrete, com uma mão na crina do cavalo, e o braço direito estendido, e os dedos da mão encolhidos, salvo o dedo segundo, a que os latinos chamam índex, com que apontava contra o poente.»
«Esta imagem, que toda saía maciça da mesma laje, mandou el-rei D. Manuel tirar pelo natural, por um seu criado debuxador, que se chamava Duarte D'armas; e depois que viu o debuxo, mandou um homem engenhoso, natural da cidade do Porto, que andara muito em França e Itália, que fosse a esta ilha, para, com aparelhos que levou, tirar aquela antigualha; o qual quando dela tornou, disse a el-rei que a achara desfeita de uma tormenta, que fizera o Inverno passado», refere o cronista.
«Mas a verdade foi que a quebraram por mau azo; e trouxeram pedaços dela, a saber: a cabeça do homem e o braço direito com a mão, e uma perna, e a cabeça do cavalo, e uma mão que estava dobrada, e levantada, e um pedaço de uma perna; o que tudo esteve na guarda-roupa de el-rei alguns dias, mas o que depois se fez destas coisas, ou onde puseram, eu não o pude saber», acrescenta.
A este estranho monumento juntou-se a descoberta, no século XVIII, de um não menos perturbador vaso de cerâmica, achado nas ruínas de uma casa, no litoral da mesma ilha, repleto de moedas de ouro e de prata fenícias, que, segundo numismatas da época e não só, datariam de, aproximadamente, entre os anos 340 e 320 antes de Cristo.
As descobertas fabulosas não se ficaram por aqui: viajantes estrangeiros, no decurso do século XVI, alegaram ter encontrado inscrições supostamente fenícias de Canaã (Palestina), numa gruta da ilha de S. Miguel. Por fim, em 1976, nesta mesma ilha, haveria de ser desenterrado um amuleto com inscrições de uma escrita fenícia tardia, entre os séculos VII e IX da era cristã.
Todas estas perplexidades levaram Joaquim Fernandes, autor de vários ensaios sobre as aparições de Fátima e o fenómeno OVNI, a enveredar pela via do romance e escrever «O Cavaleiro da Ilha do Corvo».
No romance, o autor refere um testemunho que reforça de modo evidente o relato de Damião de Góis: um mapa dos irmãos Pizzigani, de 1367, descoberto em Parma um desenho, uma forma de aviso, com uma legenda em latim onde se diz: «Estas eram as estátuas diante das colunas de Hércules...» Ora esse desenho está colocado à latitude dos Açores, no meio do Atlântico, sugerindo a tradição das Estátuas como marcos-limites do oceano navegável ou conhecido e serviriam para avisar os perigos que corriam os navegadores mais ousados.
Diário Digital / Lusa

Jan Kubelik plays "Zephyr" by Hubay