19 de maio de 2009

Festival Islâmico começa quinta-feira em Mértola


As cores, os sons, cheiros e sabores árabes que há mil anos «alimentavam» o quotidiano de Mértola voltam a «invadir» a vila alentejana no quinto Festival Islâmico, que começa quinta-feira com o mercado de rua marroquino («souk»).
Até domingo, o festival bienal, promovido pela autarquia, recupera as vivências da «Martulah» dos séculos XI e XII, quando era a capital de um reino islâmico e um importante porto comercial nas rotas do Mediterrâneo, para explorar a herança islâmica da vila e as ligações com o Norte de África.
O tradicional «souk» espalhado pelas ruas estreitas e íngremes do labiríntico centro histórico de Mértola, a lembrar as medinas do outro lado do Mediterrâneo, volta a ser um dos principais atractivos do festival.
A música será uma constante no festival com a animação permanente do «souk» pelo grupo de música tradicional de Marrocos Gnawa Al-Baraka e pelos sons luso-árabes de Eduardo Ramos.
A banda sonora das noites oferece uma mistura de sons de raiz árabe-andaluz com os concertos de Dalloua (Egipto), Trifony (Marrocos e Espanha) e Umeya - Sabores de Al-Andaluz (Síria, Sudão e Espanha) quinta-feira, no castelo de Mértola.

Os concertos da Orquestra Feminina de Tetouan (Marrocos) e dos Les Boukakes (França, Argélia, Marrocos e Itália) são as ofertas da noite de sexta-feira, no Cais do Guadiana.
Este cais volta a ser o palco dos concertos de sábado à noite dos projectos Basidou (Marrocos e Espanha) e Oojami (Turquia e Inglaterra).
Gastronomia, artesanato, exposições de fotografia e ourivesaria, sessões de contos do «souk», uma feira do livro, oficinas de dança oriental, teatro, passeios pelo rio Guadiana e lançamentos de livros são outras ofertas do festival.
programa inclui ainda dois espaços de debate, organizados pela Comunidade Islâmica em Espanha e que vão decorrer no salão nobre da autarquia, como uma conferência sobre «A crise económica: O Islão é a alternativa» e outra dedicada a «Reflexões sobre o tempo».