26 de janeiro de 2008

Nisa/Água: excesso de alumínio está ultrapassado.


O problema do excesso de alumínio na água que abastece a freguesia de Alpalhão (Nisa) já foi ultrapassado, anunciou hoje a empresa Águas do Norte Alentejano (AdNA), baseada nos dados obtidos através das últimas análises efectuadas.
Em declarações à agência Lusa, Octávio Almeida, administrador-delegado da AdNA, explicou que os resultados das análises "já foram formalmente comunicados ao município de Nisa", que é a "entidade responsável pela distribuição domiciliária de água para o consumo público".
Além de Alpalhão, também a água que abastece outras duas freguesias, São Simão e Santana, com poucos habitantes, já se encontra dentro dos parâmetros normais, sem excesso de alumínio.
Cerca de 2.000 pessoas residentes nessas três freguesias, todas do concelho alentejano de Nisa, estiveram, durante esta semana, sem poder consumir água da rede pública por esta conter excesso de alumínio.
No caso de Alpalhão, a AdNA reafirma que o abastecimento de água a esta vila está "pronto a ser reiniciado pela empresa", através da barragem da Póvoa, logo que "a autarquia assim o entenda".
A AdNA, que iniciou o fornecimento de água a esta localidade a 22 de Novembro de 2007, explica que resolveu o problema do excesso de alumínio através de vários procedimentos.
Segundo Octávio Almeida, a empresa "procedeu a lavagens de reservatórios e condutas do sistema e alterou o sistema de tratamento da água".
O responsável atribuiu ainda o problema ao "arranque de uma nova estação de tratamento de água, que ainda se encontra numa fase de testes".
"Temos tido problemas pontuais de alumínio em excesso na estação da Póvoa, mas as captações subterrâneas de Nisa têm também sempre apresentado alumínio e ferro em excesso", disse.
Octávio Almeida sublinhou ainda tratar-se de uma situação que é "difícil" de combater, mas garantiu que a empresa tudo fará para "ultrapassar estas questões".
Durante esta semana, a empresa das águas teve de distribuir água potável às freguesias afectadas através de autotanques, situação que é agora suspensa, com as análises a revelar que o alumínio já se encontra dentro dos parâmetros legais.
Uma outra freguesia, Tolosa, com 1.100 habitantes, também foi afectada pelo excesso de alumínio, mas a população já está autorizada a consumir água da rede pública desde segunda-feira, como disse à Lusa a presidente do município, Gabriela Tsukamoto.
Octávio Almeida voltou hoje a insistir no esclarecimento de que a AdNA é alheia ao problema registado em Tolosa, por esta freguesia, que é abastecida através da captação de S.Gens, não ser gerida pela empresa.
Diário Digital / Lusa
25-01-2008 15:48:12

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