9 de setembro de 2008

Poluição asiática ameaça temperaturas nos EUA, diz estu


O «smog», a fuligem e outras partículas do género oriundas da Ásia poderão fazer subir as temperaturas nos EUA nos próximos 50 anos, de acordo com um relatório científico publicado nos EUA.
O relatório, realizado por cientistas da NASA e da National Oceanic and Atmospheric Administration, ressalva o facto de se abordarem poluentes de curto prazo, como a fuligem, os sulfatos e o «smog» (que resulta das palavras smoke e fog, respectivamente, fumo e nevoeiro).
O estudo confirma, no entanto, que ainda é o dióxido de carbono a causa primordial do aquecimento global.
Nos EUA, esta abordagem pressuporia um corte nas emissões poluentes de carros e camiões, antes mesmo de restringir as fábricas que queimam carvão. Nos países em desenvolvimento, a resposta passaria pela escolha de recursos energéticos mais amigos do ambiente.
Durante anos, os cientistas concentraram-se no estudo do impacto dos poluentes como o dióxido de carbono, que fica na atmosfera durante décadas, tendo dedicado muito pouca atenção à poluição que permanece no ar apenas durante dias. A maior parte deste tipo de poluição originária da Ásia é resultante, entre outros factores, da queima de querosene e de biocombustíveis.
Estes níveis de poluição poderão significar o aparecimento de três zonas sobreaquecidas: a zona central dos EUA, a Europa à volta do Mar Mediterrâneo e o Cazaquistão, que faz fronteira com a Rússia e a China.
O relatório afirma ainda que deverá verificar-se um decréscimo na pluviosidade anual na América Central até ao ano de 2060.

Jan Kubelik plays "Zephyr" by Hubay