O relatório afirma que o consumo diário de água per capita de Israel é quatro vezes maior que nos territórios palestinianos.
«A água é uma necessidade básica e um direito, mas para muitos palestinianos conseguir uma quantidade substancial de água, ainda que de má qualidade, torna-se um luxo com o qual eles mal podem arcar», afirmou Donatella Rovera, da Amnistia.
Um porta-voz do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, desmentiu a afirmação da Amnistia de que Israel está a privar os palestinianos de água, afirmando que o comunicado é «irracional».
Israel, que enfrenta uma escassez de água sem precedentes e a elevação das tarifas, controla boa parte do abastecimento da Cisjordânia através de um aquífero que liga Israel ao território. Israel vende parte da água de volta aos palestinianos sob quotas estabelecidas no acordo de Oslo, mas grupos de direitos humanos dizem que não foram feitos ajustes no fornecimento de acordo com o crescimento populacional.
A AI afirma que o consumo de água em Israel é de 300 litros por dia por pessoa, enquanto na Cisjordânia e na Faixa de Gaza o consumo se situa em 70 litros por dia. Israel alega que os números estão enganados porque levam em conta a distribuição interna e não se compara ao total de água consumido, afirmando que os números totais são de 408 litros para israelitas e 287 litros para os palestinianos.
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