12 de maio de 2010

Apontamentos traduzidos sobre canarios de canto


Sempre fiquei maravilhado com os artigos sobre genética aplicada à canaricultura de cor. Como estão localizados e catalogados os genes e
dos distintos desenvolvimentos atendendo as leis mendelianas em quanto as combinações dos mesmos e as suas percentagens correspondentes.
Cada vez que vejo uma destas publicações vinha a mente a seguinte pergunta: Que se passa com os canários de canto, é que não há estudos referentes à transmissão genética do canto e da possível
Aplicação das leis de Mendel?
Lamentavelmente não tenho encontrado abundante documentação sobre este tema e a pouca que há é muito confusa.
Há estudos realizados por universidades norte americanas muito bons, mas que não são validos já que se realizam sobre pássaros
silvestres e nós partimos de um pássaro muito seleccionado geneticamente para o desenvolvimento de uma estrutura muito especifica de canto.
Antes esta realidade, quero expor a minha experiencia com a criação de um canário de canto
muito particular. É um canário criado em consanguinidade
muitos anos atrás e perseguindo um tipo de canto e um fenotipos muito especifico.
Para mim, foi uma surpresa quando comprovei que havia criadores (de
Canto Espanhol e de Roller) que criavam os canários seguindo verdadeiros
Árvores genealógicas de seis gerações atrás. Em alguns exemplares apareciam varias vezes: “em primeira e segunda, filho voltou à mãe ”,inclusivamente criando autênticos labirintos familiares.Neste momento veio uma ideia “¿Estará aqui a pedra filosofal ou esse cruzamento mágico para obter autênticos campeões?
E foi então quando memorizei todos os pedigrees dos meus pássaros e com muitas horas de observação, sem falhar o dito cruzamento mágico, comprovei que havia uma contínua repetição de certos exemplares (machos ou
Fêmeas  indistintamente) podendo se falar de ramas ou famílias referentes
aos ditos exemplares.
Foi então quando mudei a busca de “tantos por centos o cruzamentos mágicos” pela simples observação da evolução que tinham os exemplares, mantendo as árvores genealógicas como meros controles de criação.
Nestas observações obtive varias conclusões:
A morfologia do canto (ritmo, sonoridade, estrutura,predisposição as nasais )  É igual que certos giros ( flóreos, compostos, rodadas) são hereditários.
A transmissão genética de um canário não se realiza sempre do mesmo modo, estando muito vinculada ao seu casal.
Cada canário comporta-se em virtude do seu acasalamento que se realize.
Deve ficar claro que o canto transmite-se geneticamente mas sim
uns parâmetros fixos, podendo inclusivamente variar para os irmãos de ninho (da mesma postura).
Que não sendo campeões podem ser portadores.
Por todo isto, é necessária uma constante observação da transmissão efectuada em todos os casais realizados.
Este trabalho também tem que realizar entre vários criadores, de forma séria, sem ambiguidades nem ocultismos, provando todas as possibilidades dentro de una família de pássaros.
É obvio que um só criador não pode realizar todas as combinações possíveis com os irmãos e irmãs de um campeão.
Quero terminar este artigo, remarcando que a única forma de trabalhar uma linha é em consanguinidade aberta e fechada.
Entendo por linha, a um mesmo entroncamento ou a árvore feita de pássaros com umas características
Definidas e estáveis de canto.
Todos eles com algum ascendente comum na terceira ou quarta geração. Esta árvore ramifica-se seguindo uma consanguinidade fechada. Realizando-se mais tarda consanguinidade aberta
Entre os extremos das ramas. É certo que com a “fechada”, filhos a pais ou netos a avos se produz-se um certo retrocesso, mas ai é donde
há que buscar a esses possíveis portadores que mantenham ou incrementem as virtudes genéticas dos exemplares.Para logo recorrer a “aberta”
Como abertura. Insisto em não tentar buscar tantos por centos nem em padrões fixos. É a observação da evolução a que tem que primar neste trabalho.

Artigo de Alfonso de la Coba
Abril 1, 2010 — canaricultores del norte
CANTO e GENETICA
Alfonso de la Coba Garrido
C.N. O-954
traduzido por mim


Jan Kubelik plays "Zephyr" by Hubay