O compositor italiano Ennio Morricone e a cantora islandesa Bjork foram distinguidos com o Prémio Polar, considerado o Nobel na área da música, foi hoje anunciado em Estocolmo.
Ennio Morricone e Bjork receberão o prémio, no valor um milhão de coroas (cerca de 100 mil euros) cada, numa gala agendada para 30 de Agosto em Estocolmo, com a presença do rei Gustavo da Suécia.
Para o júri do prémio, a obra do compositor italiano, de 81 anos, «transporta a nossa existência para outra dimensão e faz com que o mundano pareça uma cena dramática em Cinemascope».
Com a música que compôs para cinema, para filmes como Por um punhado de dólares (1964), Aconteceu no Oeste (1968) e Era uma vez na América (1984), todos de Sergio Leone, ou Cinema Paraíso (1988), de Giuseppe Tornatore, Ennio Morricone «construiu uma novo género musical que marcou a composição para cinema ao longo de meio século».
Sobre a cantora islandesa Bjork Guðmundsdóttir, de 44 anos, o júri do Prémio Polar elogiou a composição «profundamente pessoal», um trabalho que «deixou uma marca indelével na música pop e na cultura moderna».«Mais nenhum artista se move de uma forma tão livre entre a pop e a avant-garde», reforçou o júri sobre a cantora islandesa, que nos anos 1980 integrou os Sugarcubes antes de se dedicar a solo, a partir de 1993 quando saiu Debut.
O prémio Polar, atribuído pela Academia Real de Música da Suécia, foi criado em 1989 por Stig Andersson, editor, compositor e representante do grupo Abba.
Desde que começou a ser atribuído, em 1992, distinguiu intérpretes como B.B. King, Paul McCartney, Gyorgy Ligeti, Keith Jarrett, Bob Dylan, Ray Charles, Pink Floyd, Pierre Boulez, Renée Fleming, Elton John, Bruce Springsteen, Stevie Wonder, Dizzy Gillespie, Sony Rollins e Gilberto Gil.
Diário Digital / Lusa