14 de junho de 2010

As Aves migratórias




“As Aves Migratórias” consiste num projecto que visa dar corpo ao voo das aves enquanto metáfora da migração e transformação de culturas, conhecimentos, tradições, consciências e potencialidades, num mundo amplamente conectado e permeável, rico em complexidades e interdependências, com o intuito de proporcionar as condições favoráveis à emergência de uma nova cultura assente na harmonização da vida no planeta e no Cosmos.

O Voo das aves representa o movimento de transformação no Ser que rompe com as antagonias do exterior/interior, individual/colectivo, novo/velho, estabelecendo um fluxo contínuo entre a intersubjectividade e a objectividade, promovendo o unum in diversis e a diversidade pela Unidade. 

Através da música e outras formas de expressão artística como a projecção de imagens, a poesia e a expressão dramática, o grupo procura transmitir uma mensagem: O (re)despertar da Sensibilidade e da Compaixão; O desvendar dos mistérios do Planeta e do Cosmos; A Integração através do fluxo natural do rio dos acontecimentos motivado consciente e inconscientemente pela necessidade e urgência do Retorno à essência, de Religação e Harmonização global.
Estas Aves trabalham o seu projecto na região fluvial iluminada pela simbologia dos descobrimentos – Belém - e provêm das mais diversas áreas: Música, Antropologia, Teatro, Física, Matemática, característica que confere riqueza e diversidade em tudo o que os inspira... Pela música apresentam-nos temas originais assentes num estílo próprio podendo, contudo, integrar-se no ambito da música de fusão. 

Não obstante, a sua originalidade e autenticidade transcende qualquer designação que não seja a da sua expressão: “aves migratórias”. 
O grupo pretende também divulgar a riqueza do património natural (fauna,flora,paisagens) através da exibição de fotografias, apelando à sensibilidade, valor, fragilidade e preciosidade deste tema. 

Esta é na realidade um Coração-motor comum e basilar do seu voo... 
Simbolo vivo da liberdade, do fio de ariadne que atravessa as diversas tradições, economias, políticas, sistemas filosóficos, crenças, religiões, e que tudo transforma ao encontro de um novo espírito de (re)adaptação – a bussola interna das aves, Mestres da poesia..

Jan Kubelik plays "Zephyr" by Hubay