Actualmente a referência a sefarditas poderá ser estranha a muitas pessoas, daí a conveniência de saber à partida que tal expressão é utilizada para identificar homens e mulheres de origem judaica nascidas em Portugal ou Espanha e seus descendentes, que tendo sido alvo de perseguição tiveram de se dispersar por várias partes do mundo.
Essa designação deriva da palavra judaica para a Península Ibérica que é: Sefarad.
Muitos desses sefarditas são apresentados neste livro em forma de dicionário, que é fruto de um intenso trabalho de investigação levado a cabo durante oito anos por uma equipa de dezasseis historiadores bem coordenada cientificamente por A. A. Marques de Almeida e que decorreu no âmbito das actividades da Cátedra “Alberto Benveniste” da Universidade de Lisboa.
É de realçar que a maioria desses sefarditas era natural de Lisboa ou esteve de alguma forma relacionado com esta cidade.
O empenho colocado nesta realização permitiu recuperar a memória de muitas pessoas, que nos são apresentadas nas respectivas entradas, havendo casos que correspondem a estudos de consideráveis proporções, tão ricos são os elementos documentais encontrados.
Estamos perante um contributo inovador e de grande profundidade para a história económica e social centrada em “mercadores e gente do trato”, que entre o último quartel do século XV e a primeira metade do século XVIII foram efectuando cruzamentos familiares ou relacionamentos entre grupos.
É deveras impressionante acompanhar nas páginas deste grosso volume as vidas de centenas de portugueses e seus descendentes na diáspora.
Data: 2010-11-25 Hora: 18
Canário timbrado espanhol- canario de canto