24 de março de 2011

INAG: Qualidade da água «muito má» em sete rios portugueses



A qualidade da água é "muito má" em sete rios portugueses, apesar das 3.922 unidades de tratamento coletivo existentes e das 118 estações em construção ou reabilitação, segundo dados do Instituto da Água (INAG).

No site do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH), dados do Anuário de Qualidade da Água Superficial revelam que 8,6 por cento das estações, através das quais é medida a qualidade, estão classificadas na classe de "muito má", 12,3 por cento com "má", 39,5 por cento é "razoável", 23,5 por cento "boa" e 16 por cento "excelente".

O diretor do Departamento de Planeamento de Gestão do Domínio Hídrico do INAG, Adérito Mendes, disse hoje à agência Lusa que, segundo os últimos dados disponíveis, de final de 2009, "os sete rios que apresentam mais problemas de qualidade são o Lis, Antuã, Rio Lima, rio Corvo, ribeira de Nisa, Divor e rio Ardila".

Com classificação de "excelente" estão 13 rios, entre os quais o rio Guadiana, rio Teixeira, rio Leça e cinco ribeiras do Algarve. Desde 2005 até 31 de dezembro de 2009, "passamos de 798 ETAR [estação de tratamento de águas residuais] para 1.704 e de 1.282 fossas séticas coletivas, que também são sistemas de tratamento eficazes, para 2.218".

Assim, "em termos de estações de tratamento coletivo, temos 3.922 instalações". Neste momento, estão em construção ou reabilitação, 118 ETAR, sendo a principal região hidrográfica o Douro, com 38 unidades, seguindo-se o Minho Lima, com 23 e o Guadiana com 21.

Adérito Mendes, que falava à agência Lusa a propósito do Dia Mundial da Água, que hoje se assinala, explicou que os resultados dependem do local onde é feita a amostragem da água.

"O rio pode ser dividido em várias massas de água e estas podem apresentar estados [de qualidade] diferentes, mas com a falta de planos de gestão de rede hidrográfica, não temos essa informação", especificou o responsável do INAG.

Atualmente, 97 por cento da água usada é tratada, ou seja, três por cento "não recebe tratamento ou não existe informação sobre a sua situação", acrescentou Adérito Mendes.

Diário Digital / Lusa



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