7 de março de 2012

Termómetros vão ficar um pouco acima da média normal para Março


 Segundo a meteorologista do Instituto de Meteorologia Joana Sanches, até sexta-feira está previsto um “aumento gradual” das temperaturas que devem subir, nalguns casos, “entre os quatro e os cinco graus”. “Em relação ao que nós usamos como normais de referência da década de 1961-1990. Se vierem a registar-se estes valores, elas (as temperaturas) estão um bocadinho acima das médias normais para o mês de Março”, afirmou.

As temperaturas máximas previstas hoje em Portugal continental são de 20º em Lisboa, 18º no Porto e 21º em Faro. “Nós voltamos a ter um anticiclone localizado a Norte, Noroeste do território. Voltamos a ter situações de céu pouco nublado ou limpo e uma massa de ar um bocadinho mais quente nos próximos dias, que se vai sentir hoje e levar ao aumento das temperaturas nos próximos dias”, explicou.

O mês de Fevereiro foi o mais seco dos últimos 81 anos em Portugal Continental, caracterizando-se como “excepcionalmente frio” e pela “quase ausência de precipitação”, indicou o Instituto de Meteorologia (IM).

Segundo aquele organismo, Fevereiro registou um valor de precipitação cerca de 50 vezes inferior ao valor normal, o que permite classificar o último mês como “extremamente seco”, colocando-o como o mais seco desde que se iniciaram os registos continuados de observação, em 1931.

O Instituto de Meteorologia adianta que em consequência da quase ausência de precipitação em Fevereiro, a situação de seca meteorológica intensificou-se em todo o país, encontrando-se no final do mês a totalidade do território continental em situação de seca severa (68%) e extrema (32%), os dois níveis de maior severidade deste fenómeno climático.

A quantidade de precipitação em Fevereiro foi mínima: apenas 2,2 milímetros, contra cerca de 100 milímetros de valor médio. Nunca choveu tão pouco em Fevereiro desde que há séries fiáveis e comparáveis de registos meteorológicos. Mesmo em 2005, data da última grande seca no país, choveu mais: 19,7 milímetros. Há sete anos, 77% do território continental estavam sob seca “severa” ou “extrema”. Agora, são 100% – 68% em seca “severa” e 32% em seca “extrema”.


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