

Almada vai ser palco, a partir de sexta-feira, da 9ª Feira Internacional do Fanzine, uma iniciativa da Câmara Municipal.
O evento decorrerá na Casa Municipal da Juventude, em Cacilhas, entre 7 e 15 de Novembro, estando expostos mais de 100 fanzines, novos e antigos, provenientes de todos os cantos do mundo.
Banda desenhada, ficção científica, música, cinema, moda, literatura, política, esoterismo e jogos de computador são apenas alguns dos inúmero temas que são tratados nos fanzines que, como o vereador da Cultura da câmara de Almada, António Matos, sublinhou à Lusa, «estão intimamente ligados ao conceito de diversidade e liberdade».
Na prática, essa diversidade e liberdade reside, simultaneamente, no facto de poderem ser concebidos das mais diversas maneiras, desde em suporte de papel e digital ou através do recurso a ilustrações artesanais ou em computador.
Os fanzines são publicações sobre qualquer tema ou assunto, editadas por amadores, sem fins lucrativos, e cuja origem etimológica da palavra resulta da junção dos termos ingleses «fanatic» (fã) e «magazine» (revista).
Este tipo de publicação teve a sua origem nos Estados Unidos da América, na década de 1930, embora tenha começado a ganhar expressão em Portugal só em meados dos anos oitenta, após a queda do Estado Novo, devido à liberdade criativa que a caracteriza.
Por se tratarem de produções independentes e exibirem, por vezes, uma grande qualidade gráfica, assente em impressões em «offset» e capas a cores, os fanzines têm sido considerados por alguns como um tipo de imprensa alternativa.
Há, no entanto, marcas distintivas, tais como a inexistência de uma periodicidade fixa e de um «layout» rígido, bem como ao nível da tiragem que, geralmente, não passa de duas ou três centenas de exemplares.
Verificam-se ainda diferenças relativamente ao tipo de distribuição que, neste caso, costuma fazer-se de mão em mão, sendo pouco comum a sua colocação à venda no mercado.
Por se tratarem de produções independentes e exibirem, por vezes, uma grande qualidade gráfica, assente em impressões em «offset» e capas a cores, os fanzines têm sido considerados por alguns como um tipo de imprensa alternativa.
Há, no entanto, marcas distintivas, tais como a inexistência de uma periodicidade fixa e de um «layout» rígido, bem como ao nível da tiragem que, geralmente, não passa de duas ou três centenas de exemplares.
Verificam-se ainda diferenças relativamente ao tipo de distribuição que, neste caso, costuma fazer-se de mão em mão, sendo pouco comum a sua colocação à venda no mercado.
Como os «faneditors» nem sempre têm condições para financiar impressões de grande qualidade, é frequente recorrerem ao sistema de fotocópias.
Nas palavras do vereador da Cultura de Almada, os fanzines funcionam muitas vezes como «um abrir de portas» para os novos artistas que, de outra forma, «dificilmente conseguiriam mostrar o seu trabalho».
Nas palavras do vereador da Cultura de Almada, os fanzines funcionam muitas vezes como «um abrir de portas» para os novos artistas que, de outra forma, «dificilmente conseguiriam mostrar o seu trabalho».
A iniciativa ficará marcada pela exposição de 100 trabalhos em suporte de papel, oriundos de vários países (Portugal, Brasil, Espanha, EUA, Noruega, Alemanha, Itália, Finlândia, entre outros), bem como pela criação de um espaço destinado à venda e troca de trabalhos.
No programa da feira, constam ainda workshops, que segundo António Matos permitirão aos «faneditors», «trocarem experiências sobre os métodos utilizados na concepção das revistas», e vários concertos, entre os quais, de Strella do Dia e Melech Mechaya (7 Nov.) e Filii Nigrantium Infernalium e Vizir (8 Nov.).
O certame inclui também a projecção diária de uma película sobre fanzines e uma cerimónia de lançamento da quinta edição da revista P'Almada (14 Nov.), publicação destinada à camada mais nova que se assume como um espaço de participação, reflexão e opinião de diversas temáticas, bem como de informação sobre actividades associativa e cultural do concelho.
A fechar a iniciativa, terá lugar o espectáculo «On the road», baseado num dos romances mais famosos de Jack Kerouac(15 Nov.).
Diário Digital / Lusa
A fechar a iniciativa, terá lugar o espectáculo «On the road», baseado num dos romances mais famosos de Jack Kerouac(15 Nov.).
Diário Digital / Lusa
