8 de outubro de 2009

«O homem é um grande faisão sobre a terra».


Nobel da Literatura atribuído à romeno-alemã Herta Müller

A escritora alemã Herta Müller romancista alemã nascida na Roménia em 1953, foi hoje distinguida com Prémio Nobel da Literatura, anunciou a Real Academia Sueca de Ciências.

Müller irá receber um prémio monetário no valor de dez milhões de coroas suecas (976 mil euros), um diploma e um convite para estar presente na cerimónia de entrega em Estocolmo, Suécia, a 10 de Dezembro.
A escritora, que vive em Berlim desde 1987, nasceu em Nitzkydorf (Roménia) em 1953, no seio de uma família da minoria alemã nesse país - à qual pertenceram outros escritores emblemáticos alemães, como Oskar Pastior - e desde muito cedo tentou colocar pontes entre as duas culturas às quais pertencia.
Herta Müller estudou filologia alemã e filologia romena simultaneamente, tentando aprofundar os conhecimentos das duas literaturas às quais sentia que pertencia.
Entrou em conflito com a Roménia do ditador Nicolae Ceaucescu, onde perdeu o seu primeiro trabalho, como tradutora numa fábrica de máquinas, por se negar a colaborar com o serviço secreto da Roménia comunista.
seu primeiro livro, «Niederungen», ficou quatro anos na editora antes que finalmente pudesse ser publicado, em 1982, com cortes impostos pela censura romena.

O vencedor do ano passado foi Jean-Marie Gustave Le Clézio, colocando assim um ponto final num jejum de duas décadas para a literatura francesa, a mais galardoada ao longo da história com 14 prémios.
Depois do anúncio do Nobel Literatura, será concedido na sexta-feira o da Paz, divulgado em Oslo.
O anúncio dos Nobel começou na segunda-feira, com o de Medicina, que foi para os americanos Elizabeth H. Blackburn, Carol Greider e Jack W. Szostak.
Na terça-feira, houve o anúncio do de Física, para o britânico-americano Charles Kuen Kao e os americanos Willard Sterling Boyle e Georges Elwood Smith, enquanto na quarta-feira foi concedido o de Química aos americanos Venkatraman Ramakrishnan e Thomas A. Steitz, e à israelita Ada E. Yonath.  Diário digital