Um estudo do Instituto Superior de
Engenharia de Lisboa (ISEL) sentencia: o túnel do Marquês, em Lisboa, é o
local mais poluído de Portugal. O documento, hoje citado pelo i,
indica como principais causas a inclinação e o comprimento
Os 1725 metros de
extensão, e o declive na ordem dos nove por cento fazem do túnel do
Marquês, em Lisboa, o sítio mais poluído do país.
Estas
são as principais conclusões de um estudo levado a cabo pelo ISEL, onde
se refere que dentro desta via rodoviária da capital o nível de
partículas é dez vezes superior ao permitido por lei, e que normalmente
se verifica na atmosfera.
Segundo Manuel Matos,
coordenado do estudo, «as partículas são os constituintes mais
perigosos para a saúde pública».
Situação
ainda mais grave dentro do túnel, onde as partículas do ar que ali se
respira são compostas em 80 por cento por restos de combustível
queimado, metais que a parte mecânica dos automóveis liberta, e resíduos
dos catalisadores, explica o i de hoje.
Apesar
de a via estar bem equipada, a solução é mesmo a mais óbvia: reduzir o
número de carros que ali circulam.
A tese é
corroborada pelos testes ali realizados, que apontam para uma redução
para cerca de metade dessas partículas, ao fim-de-semana.
Ainda assim, o vereador da Câmara de Lisboa para a área dos
transportes, Fernando Nunes, estranha os resultados.
«O túnel foi sujeito a um estudo de impacto
ambiental e o tráfego previsto era muito superior ao que lá circula»,
disse ao diário.
