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A EPAL dispõe agora, no Recinto dos Olivais, em Lisboa, de um novo edifício que alberga o inovador Laboratório de análises à qualidade da água para consumo humano.
"...O novo laboratório possui unidades de Química Orgânica, de Química Inorgânica e de Microbiologia, ocupando uma área de 6.453 m2. «Somos obrigados a efectuar controlo de qualidade das torneiras dos consumidores, com parâmetros estabelecidos e com uma determinada periodicidade.
Somos obrigados a controlar os pontos de entrega da água onde vendemos aos municípios – porque nós vendemos água em alta aos municípios e a entidades gestoras. Também somos obrigados a controlar», explica Maria João Benoliel, Directora do Laboratório Central, da EPAL.
A especialista adianta ainda que «além deste controlo legal e obrigatório, nós efectuamos controlo nas captações, efectuamos controlo ao longo da adução, temos 700 quilómetros de adutores, portanto, do transporte de água até Lisboa.
E em Lisboa temos 1400 quilómetros de condutas que também temos de controlar diariamente. Tudo isto consideramos que é o controlo operacional.
Depois efectuamos 200 mil determinações».
O novo Laboratório possibilita agora aumentar a colaboração nos domínios da Investigação e Desenvolvimento.
«Temos algumas colaborações com Universidades, apoiamos também mestrados e doutoramentos.
Por exemplo, temos colaboração com a Universidade do Algarve, Faculdade de Farmácia, com a Universidade Nova de Lisboa, em que quase todos os anos temos aqui um ou dois alunos de mestrados ou doutoramentos.
Podemos aumentar essa nossa capacidade de apoio científico e de cooperação com instituições de investigação», explica a Directora do Laboratório.Com a nova capacidade laboratorial, a EPAL pode agora abranger outras áreas.
«Por outro lado, poderemos também trabalhar na área de águas residuais.
Porque este laboratório tem áreas completamente separadas, o que nos permite garantir que ao efectuar essas análises, e que não eram efectuadas anteriormente, não temos qualquer possibilidade de contaminação com as águas para consumo humano», explica Maria João Benoliel.
Nos últimos anos a qualidade da água tem vindo a melhorar, como afirma a Ministra do Ambiente. «A nível nacional nós em Portugal no ano de 1993, da água que era distribuída apenas 50% dessa água preenchia os requisitos de qualidade que a legislação exigia da época.
Em 2002 já era 80%.
Mas nestas coisas o difícil é o final. E, actualmente, os últimos dados que estão publicados já referem que 98% da água que é distribuída no nosso país é água que cumpre todos os requisitos analíticos, quer em termos de número de análises que são feitas quer de cumprimento dos parâmetros que estão estabelecidos»."