Donna Tartt é conhecida no meio literário por escrever um livro a cada década, um período temporal inimaginável nos dias de hoje.
Vencedora do Prémio Pulitzer 2014, «O Pintassilgo», editado pela Presença entre nós, é o mais recente. Apesar das cerca de 900 páginas, vale a pena entrar no seu mundo, um mundo onde a arte e a droga estão muito próximas, mas também a solidão, o desespero, o bullying, a ingratidão, a incompreensão, a bondade,… Mas, principalmente, o sentimento de culpa!
Como um thriller, Tartt começa «O Pintassilgo» com um jovem órfão dentro de um hotel em Amesterdão a tentar compreender os jornais locais. Logo de imediato, a autora aguça o apetite do leitor, que, aos poucos, vai desfolhando com avidez as páginas do seu romance, até ao crucial momento que vai marcar para sempre a vida de Theo Decker (e consequentemente do leitor): a morte da mãe devido a um ataque terrorista em plena Nova Iorque, concretamente no Metropolitan Museum, local onde rouba o quadro «O Pintassilgo», do holandês Carel Fabritius e uma das telas mais enigmáticas da História da pinturamais em