Mostrar mensagens com a etiqueta Musica clássica e o canário timbrado. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Musica clássica e o canário timbrado. Mostrar todas as mensagens

3 de julho de 2008

Densidade da madeira «explica» som dos violinos antigos



A densidade da madeira dos violinos mais prestigiosos do mundo, criados no século XVII pelos mestres Antonio Stradivari e Guarnieri del Gesu, é a chave do seu som único, segundo um estudo agora publicado.

O especialista holandês Berend Stoel, da Leiden University Medical Center (LUMC), levou a cabo, em colaboração com o luthier norte-americano Terry Borman, una investigação destinada a explicar a diferença de som entre os violinos dos grandes mestres e os violinos modernos.
Para tanto, examinaram cinco violinos antigos e sete modernos num scanner clínico do Hospital Monte Sinai de Nova Iorque, utilizado habitualmente para calcular a densidade da membrana pulmonar em pacientes com enfisema.
Os resultados da investigação mostram que «a homogeneidade na densidade da madeira utilizada nos violinos clássicos e o marcado contraste da mesma nos violinos modernos estudados podem explicar a qualidade do som».
Stoel aplicou no estudo dos violinos um programa informático que ele mesmo desenvolveu previamente para calcular a densidade pulmonar em pacientes com enfisema.
Uma vez analisados os violinos, os investigadores descobriram que a densidade da madeira dos antigos, com mais de 300 anos, era mais homogénea do que a dos modernos, algo que pode influir na projecção do som.

«A vibração e a irradição do som de um violino são determinadas pela geometria do instrumento e pelas propriedades da madeira», explicou Stoel.
Segundo o estudo, parte desta razão está no facto de as árvores, hoje, crescerem de forma ligeiramente diferente da do passado.

«As mudanças climáticas - argumentou Stoel - poderiam explicar parte da questão, mas também o tratamento que se dá à madeira no processo de fabrico dos violinos modernos».
Diário Digital / Lusa

18 de dezembro de 2007

Maestro português dirige orquestra em São Petersburgo


Jovem maestro português dirige orquestra em São Petersburgo
O jovem maestro português João Tiago Santos vai dirigir a Orquestra do Teatro de Ópera do Conservatório de São Petersburgo na execução da ópera «Gata Borralheira» nos dias 26 e 27 de Dezembro e 04 e 05 de Janeiro.
A música desta versão da «Gata Borralheira», conto do escritor francês Charles Perrault, foi composta por António Spadaveccia, um soviético de origem italiana, em 1947, para a banda sonora do filme homónimo e teve tanto êxito que foi depois adaptada a uma ópera com dois actos para crianças. «Trata-se de uma experiência importantíssima para mim, pois não são muitas as oportunidades de um jovem maestro dirigir uma orquestras destas», disse João Tiago à Agência Lusa.
«Além disso - assinalou - trata-se de uma obra para crianças onde os cantores entram em diálogo com a plateia, o que torna o desafio ainda mais interessante. Uma coisa é ensaiar numa sala vazia, outra coisa é dirigir uma orquestra numa sala cheia de crianças».
O jovem maestro português foi também convidado para dirigir a mesma orquestra, em Fevereiro, na execução de uma obra de maior fôlego, a ópera «Evgueni Oneguin», do compositor russo Piotr Tchaikovski.
João Tiago Santos nasceu em 1977 em Lisboa, onde frequentou o Instituto Gregoriano e fez o bacharelato em Direcção Coral na Escola Superior de Música.
Depois de cantar durante oito anos no Coro da Gulbenkian e de ocupar o cargo de maestro-assistente da Orquestra do Algarve, decidiu, em 2004, ingressar na Faculdade de Direcção de Orquestra do Conservatório de São Petersburgo, uma das mais prestigiadas escolas de música da Rússia.
João Tiago Santos é aluno de Vassili Sinaiski, conhecido maestro russo.
«Caso não faltem os apoios, planeamos organizar um espectáculo de música coral portuguesa na Sala de Ópera do Conservatório de São Petersburgo», informou.
Nesse espectáculo, o grupo coral russo «Vozes de São Petersburgo» irá interpretar obras de compositores da «Escola da Sé de Évora», dos séculos XVI-XVII, a «época de ouro» da polifonia, e de autores contemporâneos como Fernando Lopes-Graça, Eurico Carrapatoso e Cláudio Carneiro.
Como maestro, João Tiago Santos tenciona dirigir obras de compositores portugueses como Marcos Portugal, Domingos Bomtempo, Joly Braga Santos, Lopes-Graça e Eurico Carrapatoso.
Diário Digital / Lusa
18-12-2007 10:18:00

Jan Kubelik plays "Zephyr" by Hubay