HORAS DE SOLIDÃO
Na torre batem as horas.
Na torre batem as horas.
Nem viv'alma pelas ruas.
Amor, por que te demorase esta saudade acentuas?
No meu peito, dói a espera.
Um nó me aperta a garganta.
Não pode haver primavera
se o passarinho não canta.
Se o passarinho não canta,
Um nó me aperta a garganta.
No meu peito, dói a espera.
Nos campos não há trigais...
E sem trigo não há pão!
Meu amor, não tardes mais,
que morro de solidão!
José-Augusto de Carvalho
10 de Março de 2006. Viana do Alentejo * Évora * Portugal
Música de Maria Luísa Serpa