
Lisboa acolhe este mês seminário sobre papagaios.
A capacidade intelectual e emocional dos papagaios é geralmente menosprezada e faz com que estes animais tenham uma «existência miserável» na maior parte das casas dos seus donos, defendem amantes deste tipo de aves.
Maria Isabel Sampaio é uma apreciadora destes bichos e organizou este mês em Lisboa um seminário sobre comportamento e treino de psitacídeos, aves como papagaios, araras ou catatuas.
O objectivo da sessão, em que compareceram mais de 40 pessoas, era ensinar os donos dos animais a treinarem-nos e a estimularem as suas capacidades de comunicação.
Em Portugal, os amantes de psitacídeos ainda não estão organizados, mas há países, como os Estados Unidos, onde os donos destes animais estão quase constituídos como uma comunidade.
Na Internet os temas dos fóruns de discussão internacionais chegam a ser tão específicos como o voo livre de papagaios.
«Os papagaios são animais muito mal compreendidos, mas eles têm um mundo intelectual e emocional muito grande. São seres muito complexos, que poderiam ser comparados aos chimpanzés, na medida em que têm uma certa inteligência e têm características que se aproximam das humanas», explicou à Lusa Maria Isabel Sampaio.
O uso do poleiro e da tradicional corrente amarrada à pata, bem como de pequenas gaiolas, são elementos que devem ser abandonados pelos donos deste tipo de aves.
O ideal é a utilização de gaiolas amplas ou de aviários ao ar livre e tentar sempre evitar a solidão, através da companhia de outros da mesma espécie ou dos donos.
A linguagem também deve ser estimulada: «É importante treinar o animal para desenvolver a capacidade de comunicação», disse Isabel Sampaio, contando que este foi um dos temas explorados no seminário que decorreu em Lisboa.
A psicologia tem estudado estes animais há mais de 20 anos, sendo o papagaio Alex apontado como um exemplo, já que aprendeu o alfabeto, consegue distinguir sete cores e tem um vocabulário que pode ultrapassar as 800 palavras.
Estimular a procura de comida é outro dos conselhos essenciais para o dono de um psitacídeo.
A organizadora do seminário sobre estes animais disse que 80 por cento do tempo diário destes bichos é passado à procura de comida e, como tal, isso deve ser estimulado, escondendo os alimentos, embrulhando-os e tapando-os.
Mas a «grande força motriz» da mudança de comportamento de uma ave é o voo livre, um dos assuntos mais focados no seminário.
«O voo livre é possível, mas implica muito treino para se fazer em segurança», disse Por isso, os apaixonados por psitacídeos aconselham primeiro a que os donos deixem as aves voar dentro de casa.
Nos Estados Unidos, muitos donos chegam a alugar armazéns e igrejas abandonadas para ensinarem os pássaros a voar, mas, em Portugal, o «1º Seminário Nacional sobre Comportamento e Treino de Psitacídeos» foi só um primeiro passo.
Diário Digital / Lusa
17-02-2007 13:06:26
A capacidade intelectual e emocional dos papagaios é geralmente menosprezada e faz com que estes animais tenham uma «existência miserável» na maior parte das casas dos seus donos, defendem amantes deste tipo de aves.
Maria Isabel Sampaio é uma apreciadora destes bichos e organizou este mês em Lisboa um seminário sobre comportamento e treino de psitacídeos, aves como papagaios, araras ou catatuas.
O objectivo da sessão, em que compareceram mais de 40 pessoas, era ensinar os donos dos animais a treinarem-nos e a estimularem as suas capacidades de comunicação.
Em Portugal, os amantes de psitacídeos ainda não estão organizados, mas há países, como os Estados Unidos, onde os donos destes animais estão quase constituídos como uma comunidade.
Na Internet os temas dos fóruns de discussão internacionais chegam a ser tão específicos como o voo livre de papagaios.
«Os papagaios são animais muito mal compreendidos, mas eles têm um mundo intelectual e emocional muito grande. São seres muito complexos, que poderiam ser comparados aos chimpanzés, na medida em que têm uma certa inteligência e têm características que se aproximam das humanas», explicou à Lusa Maria Isabel Sampaio.
O uso do poleiro e da tradicional corrente amarrada à pata, bem como de pequenas gaiolas, são elementos que devem ser abandonados pelos donos deste tipo de aves.
O ideal é a utilização de gaiolas amplas ou de aviários ao ar livre e tentar sempre evitar a solidão, através da companhia de outros da mesma espécie ou dos donos.
A linguagem também deve ser estimulada: «É importante treinar o animal para desenvolver a capacidade de comunicação», disse Isabel Sampaio, contando que este foi um dos temas explorados no seminário que decorreu em Lisboa.
A psicologia tem estudado estes animais há mais de 20 anos, sendo o papagaio Alex apontado como um exemplo, já que aprendeu o alfabeto, consegue distinguir sete cores e tem um vocabulário que pode ultrapassar as 800 palavras.
Estimular a procura de comida é outro dos conselhos essenciais para o dono de um psitacídeo.
A organizadora do seminário sobre estes animais disse que 80 por cento do tempo diário destes bichos é passado à procura de comida e, como tal, isso deve ser estimulado, escondendo os alimentos, embrulhando-os e tapando-os.
Mas a «grande força motriz» da mudança de comportamento de uma ave é o voo livre, um dos assuntos mais focados no seminário.
«O voo livre é possível, mas implica muito treino para se fazer em segurança», disse Por isso, os apaixonados por psitacídeos aconselham primeiro a que os donos deixem as aves voar dentro de casa.
Nos Estados Unidos, muitos donos chegam a alugar armazéns e igrejas abandonadas para ensinarem os pássaros a voar, mas, em Portugal, o «1º Seminário Nacional sobre Comportamento e Treino de Psitacídeos» foi só um primeiro passo.
Diário Digital / Lusa
17-02-2007 13:06:26