
Festival Tocar de Ouvido começa quinta-feira em Évora O músico basco Kepa Junkera, a portuguesa Sara Tavares e Rabih Abou Khalil & Ricardo Ribeiro são os principais destaques do Tocar de Ouvido - Festival Internacional de Música de Évora, que começa quinta-feira na cidade alentejana.
Inserido nas festas populares de Évora, o evento, que decorre até sábado, é organizado pela Associação PédeXumbo, em parceria com a Associação Gaita-de-Foles e a d´Orfeu Associação Cultura, contando o apoio da Câmara de Évora.
Em declarações à agência Lusa, o coordenador do festival, Miguel Gomes da Costa, explicou que a iniciativa pretende «transmitir conhecimento e práticas musicais relacionadas com instrumentos de música tradicional de uma geração para outra».
«É um festival que não é bem um festival. A essência do Tocar de Ouvido é o encontro de tocadores», disse o responsável, considerando que se trata de uma iniciativa diferente dos festivais de Verão.
«O público não só pode assistir aos concertos como também tem a oportunidade de conhecer os músicos e aprender com eles», explicou.
De acordo com Miguel Gomes da Costa, o Tocar de Ouvido permite que «tocadores mais velhos, que conhecem bem os instrumentos, se encontrem com uma geração mais nova, que se dedica a recuperar esse património».
O conceito do evento é «aprender em clima de festa», afirmou o coordenador do festival, referindo-se à oferta lúdica e pedagógica do evento.
O Tocar de Ouvido, que se realiza desde 2002, regressa este ano «de cara lavada», juntando as habituais oficinas de música aos concertos na Arena d´Évora.
No primeiro dia do evento, quinta-feira, o palco será partilhado entre os Dazkarieh e Sara Tavares.
Na sexta-feira é a vez dos brasileiros A Barca, que actuam pela primeira vez em Portugal, seguindo-se a música do libanês Rabih Abou-khalil, à qual se junta a voz do português Ricardo Ribeiro.
O Tocar de Ouvido termina sábado com as actuações do músico basco Kepa Junkera e do grupo feminino galego Leilía.
Além dos concertos, o festival oferece ao público oficinas, colóquios, exposições e documentários.
Diário Digital / Lusa