Segundo José Maria Saraiva, da direcção da ASE, a campanha de reflorestação das áreas ardidas da Serra da Estrela, iniciada em 2006 com a sementeira de bolota e plantação de carvalhos, prossegue com a disponibilidade de carvalhos destinados a serem plantados pelos donos dos terrenos.
«O crescimento da vegetação e a dificuldade em prosseguir com o trabalho de sementeira e plantação, que vinha a ser executado por milhares de voluntários de todo o país, nomeadamente pelos alunos das escolas, impede a ASE de continuar a manter o mesmo sistema de funcionamento», justifica o responsável.
Adianta que o voluntariado vai manter-se e «confinar-se à apanha de sementes de carvalho negral», mas as mesmas «serão depois encaminhadas para o viveiro da EDP, em Setúbal, que está a colaborar com a ASE nesta iniciativa, onde serão semeadas em alvéolos, ficando ali cerca de 11 meses, até criarem o desenvolvimento ideal que permita o sucesso da plantação».
Para a temporada de 2010/2011, a ASE prevê disponibilizar «milhares dessas plantas de carvalho negral (Quercus pyrenaica), para oferecer aos proprietários que manifestem a vontade de proceder à plantação nos seus terrenos», adianta José Maria Saraiva. Para terem acesso às plantas, os proprietários com terrenos na área da Serra da Estrela ou os Conselhos Directivos dos Compartes [baldios] serranos, devem inscrever-se previamente junto da ASE, com sede em Manteigas.
Diário Digital / Lusa
Serra da Estrela