9 de fevereiro de 2010

Ministro alemão defende abandono da energia nuclear

















O ministro do Ambiente alemão, Robert Röttgen, manifestou-se claramente a favor de abandonar o mais rapidamente possível a energia atómica, contrariando a linha defendida pelo seu partido, a União Democrata-Cristã (CDU), favorável a prolongar a vida das centrais nucleares.
Em entrevista publicada hoje pelo jornal Süddeutsche Zeitung, Röttgen afirma que a energia nuclear «continua sem ter aceitação pela população ainda 40 anos após a sua instalação».
Por esse motivo, o ministro recomenda ao seu partido que considere bem se quer manter a sua aposta tão firme a favor dessa fonte energética.
No acordo de coligação entre a CDU, a sua ala bávara a CSU e os liberais do FDP, o Governo da chanceler Angela Merkel apartou-se da linha empreendida pelo Governo social-democrata verde há uma década. Essa linha estabeleceu uma vida útil máxima de 32 anos para as centrais.
O novo governo mostrou-se a favor de prolongar a vida das centrais modernas até que haja fontes alternativas capazes de satisfazer por completo as necessidades energéticas.
Na entrevista ao Süddeutsche Zeitung, Röttgen assegura que o Governo apresentará até ao segundo semestre um plano concreto de como substituir os reactores nucleares por centrais que operem com energias renováveis.
Embora não descarte a possibilidade de ampliar a vida útil das centrais nucleares, o ministro sublinha que a disposição de prolongá-lo deve ser apoiada num «plano energético» claro. Röttgen distancia-se da opinião do seu colega de Indústria, o liberal Rainer Brüderle, que recentemente propôs que o Governo imponha uma taxa especial aos lucros obtidos pelas centrais que continuarem em funcionamento. 
Diário Digital


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