A empresa de energia que explora a central nuclear de Fukushima, no
Japão, a Tokyo Electric Power Co, reconheceu este sábado que cerca de
120 toneladas de água radioactiva vazaram de um dos tanques,
contaminando o solo circundante. O problema vai levar duas semanas a ser
resolvido.
Em
conferência de imprensa, a empresa informou que ainda está por
descobrir a causa do vazamento de um dos sete tanques subterrâneos que
armazenam a água usada para arrefecer os reactores nucleares – os
tanques são compostos por três camadas que deveriam impedir a saída da
água.
Elementos
radioactivos foram detectados em água colhida no solo ao redor de um
tanque e da camada externa de um fundo impermeável do tanque, disse um
porta-voz da empresa.
Para já, a Tokyo Electric Power planeia bombear 13 mil metros cúbicos da água remanescente no tanque afectado para outros, durante as próximas duas semanas. Não
é expectável que a água radioactiva que entretanto saiu chegue ao mar,
embora o tanque esteja localizado a 800 metros da costa. A empresa não divulga durante quanto tempo o tanque esteve a vazar.
De recordar que a central de Fukushima
tem enfrentado uma série de problemas com o controlo de água do solo e
manutenção do sistema de refrigeração, construído para manter os
reactores nucleares estáveis. Ainda
esta sexta-feira, a empresa deu conta de uma interrupção do sistema de
refrigeração da piscina de resfriamento de combustível gasto de um dos
reactores. E, em meados do mês passado, um rato causou um curto-circuito afectando os sistemas de arrefecimento do combustível nuclear.