16 de setembro de 2019

Freamunde viaja 300 anos no tempo até à oficialização do capão





A primeira edição de 300 anos do Capão de Freamunde decorre de 13 a 15 de Setembro na cidade que lhe dá nome, no concelho de Paços de Ferreira.

Susana A. Oliveira 13 de Setembro de 2019, 18:31

A ideia de comemorar aquele que ao longo do tempo se tornou uma característica da freguesia nortenha “surgiu há cerca de um ano, durante um fórum associativo organizado pela Junta de Freguesia onde participaram associações locais”, adiantou Filipe Lopes, elemento da organização do “300 Anos do Capão de Freamunde”.


Comemora-se a oficialização da criação e comercialização do capão no reinado de D. João V no ano de 1719, embora a prática remonte ao tempo dos Romanos. Consta-se que a ideia de capar os galos surgiu apôs o Cônsul Romano Caio Cânio ter proibido a existência destas aves na cidade de Roma por estar cansado de perder sono devido ao cantar dos galos. Alguém decidiu capá-los e desta maneira não contrariaria a lei.

O capão é, então, um galo que é castrado “antes de atingir a maturidade sexual”, passando o resto da sua vida comendo só produtos naturais. A castração aumenta-lhe a massa muscular, o que faz aumentar o teor de gordura.

A feira que se espalhará ao longo das ruas do centro urbano de Freamunde investe em elementos “que remetem para o passado histórico de D.João V”, levando os visitantes a viajar pela história, através da demonstração de ofícios, da feira de animais, dos teatros, da dança, da música alusiva à época, entre outras actividades, que podem ser consultadas online.

Jan Kubelik plays "Zephyr" by Hubay