20 de setembro de 2018

Poluição do ar pode aumentar risco de demência

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A poluição atmosférica provoca doenças respiratórias e cardiovasculares, além de cancro do pulmão, e estudos científicos também já a correlacionaram com danos no ADN e no sistema imunitário, apontando-a ainda como possível causa de demência, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Uma nova pesquisa em Inglaterra vem agora reforçar esta última ligação. “Descobrimos evidências que associam os níveis de poluição do ar em Londres a diagnósticos de demência”, lê-se nas conclusões de uma equipa de investigadores de três universidades londrinas

A REALIDADE PORTUGUESA

De acordo com o mais recente relatório Health at a Glance, da OCED, publicado em 2017, Portugal é o quarto país com maior prevalência de demência entre os 44 analisados (os 36 que fazem parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico e oito candidatos e integrá-la). No ano passado, apenas Japão, Itália e Alemanha apresentavam mais casos de demência por cada mil habitantes. Para 2037, com o envelhecimento da população, a estimativa aponta para que Portugal ultrapasse a Alemanha.
O mesmo relatório indica, por outro lado, que 24% da população portuguesa esteve exposta, em 2015, a níveis de partículas finas inaláveis acima do recomendado pela OMS. Entre os 44 países analisados, a maioria viu toda a sua população à mercê destes poluentes, considerados os mais perigosos. Dos nove países com melhor desempenho do que Portugal, Islândia, Canadá, Nova Zelândia, Suécia, Finlândia e Austrália foram os únicos capazes de manter todo o seu território abaixo do limite recomendado.

Jan Kubelik plays "Zephyr" by Hubay