31 de julho de 2008

«O Barbeiro de Sevilha» no Museu Amadeo de Sousa Cardoso


Museu Amadeo de Sousa Cardoso prossegue o seu Ciclo de Ópera, estreando esta sexta-feira, pelas 22:00 horas, «O Barbeiro de Sevilha», de Gioachino Rossini, a repetir dia 10 de Agosto à mesma hora.
A mais popular obra de Rossini tem encenação de Antonella Rondinone e direcção musical de José Ferreira Lobo. Sobem ao palco Katarzyna Haras, Mário João Alves, Luís Rodrigues, Pedro Correia, Bruno Pereira, Ana Calheiros e Rui Silva.
Paralelamente, no sábado, dia 2 de Agosto, «Como Julieta e Romeu – Ária de amor» terá a sua segunda apresentação.



Il Barbiere di Siviglia (em port. O Barbeiro de Sevilha) é uma ópera cômica em dois atos de Gioacchino Rossini e libreto de Cesare Sterbini, com base na peça homônima de Pierre-Augustin Caron de Beaumarchais (Le Barbier de Séville). Estreou no Teatro Argentina, em Roma, em 20 de Fevereiro de 1816.


Uma ópera homônima também foi composta alguns anos antes por Giovanni Paisiello e por algum tempo teve mais êxito do que a de Rossini. Porém, somente a de Rossini permaneceu como parte do repertório moderno.Primeiro atoAmanhece. Diante da janela da jovem Rosina, o Conde Almaviva - que desconhece seu nome - faz uma serenata. Ela não responde.


O Conde ouve ao longe a voz de um homem solitário a cantar: é o barbeiro Fígaro, amigo do conde, que estranha o fato de vê-lo longe de casa a essa hora. Almaviva diz a Fígaro que está por aquela região a fim de cortejar a mão da "filha do médico" que mora naquela casa (embora Rosina seja, na verdade, sua tutelada). Fígaro, sendo prestativo a qualquer tipo de serviço, coloca-se à disposição para ajudá-lo. Ambos ouvem Don Bartolo, o tutor de Rosina, dizer de dentro de casa que vai sair e que se Don Basílio, professor de música de Rosina e casamenteiro, chegar, é para fazê-lo esperar.


Na verdade, Don Bartolo quer se casar com Rosina. Fígaro, então, propõe ao conde conseguir-lhe um disfarce, para poder entrar na casa de Rosina.Bartolo e Basílio, enquanto isso, discutem uma forma de eliminar o conde e chegam à conclusão que o melhor a fazer é elaborar um contrato de casamento e assiná-lo no mesmo dia. Fígaro, que ouviu tudo, avisa Rosina de que Bartolo que se casar com ela e lhe avisa de seu primo Lindoro, um estudante que se apaixonou por ela - na verdade, "Lindoro" é o pseudônimo usado pelo conde Almaviva para se aproximar dela. Rosina fica ansiosa e lhe escreve um bilhete. Bartolo entra surpreende Fígaro e Rosina, já desconfiado das tramóias que eles estão fazendo, e mantém Rosina de castigo, presa no quarto.Entra um policial (o conde Almaviva, disfarçado), e desafia Bartolo para uma luta. Bartolo vê que ele está passando um pedaço de papel a Rosina e exige vê-lo. Rosina troca os papéis e, quando Bartolo pega, o que vê é uma lista de lavanderia. Bartolo e o "policial" começam a discutir, embora Fígaro tente apaziguá-los, dizendo que os berros podem ser ouvidos na cidade inteira.


Entra um policial de verdade, mas não consegue apurar o que está havendo e vai embora.Segundo atoBartolo suspeita de que o policial é um espião do conde. Entra um jovem cognominado "Don Alonso" (novamente, o conde disfarçado), avisando que Basílio estava doente e não podia dar aulas a Rosina, por isso veio em seu lugar. Avisa-lhe que alguém, chamado "Conde Almaviva", o está enganando e mostra-lhe a carta de Rosina como prova, e solicita falar a sós com Rosina. Bartolo concede. Rosina reconhece "Don Alonso" como Lindoro disfarçado, e iniciam a aula de música, enquanto Bartolo descansa.Fígaro chega no fim da aula, e Bartolo exige explicações. Fígaro disse que estava na hora de fazer a barba, e Bartolo lhe entrega as chaves para pegar a navalha e a toalha. Fígaro retira uma das chaves do molho, às escondidas. Don Basilio aparece, para espanto de todos, e Fígaro e o conde (disfarçado) tentam a todo custo convencê-lo de que ele está com escarlatina e deve permanecer em repouso. Basílio sai.Fígaro faz a barba de Bartolo, enquanto o conde e Rosina simulam continuar a aula de música. O conde avisa a Rosina que Figaro tem a chave da janela e ambos estarão ali à meia-noite para ajudá-la a fugir.


Bartolo escuta, expulsa Fígaro e o conde, e procura Don Basílio para avisar de que "Don Alonso" é um farsante. Começam a deduzir que tanto Don Alonso quanto Lindoro são o conde disfarçados e começam a preparar o casamento a Rosina.Bartolo diz a Rosina que Lindoro brinca com seus sentimentos, e mostra a carta que ela havia mandado, dizendo que ele planejava sequestrá-la e levá-la ao conde Almaviva. Rosina jura vingança e aceita casar com Bartolo, que diz para ela se trancar no quarto. Cai uma chuva torrencial e assim mesmo o conde e Fígaro entram no quarto de Rosina. Rosina tenta expulsá-los mas o conde logo se identifica, avisando que Lindoro jamais existiu.


Chega o juiz de paz para celebrar o casamento de Rosina com o conde. Basilio, chocado, é forçado a ser testemunha do casamento e Bartolo chega com um policial, para prender Fígaro e o conde, mas Almaviva se identifica e Bartolo se dá por vencido.


Fígaro, o conde e Rosina comemoram.A ária mais famosa desta ópera é a ária Largo al Factotum, cantada por Fígaro, logo no primeiro ato - onde, a certo ponto, ele começa a repetir seu próprio nome rápida e exaustivamente ("Figaro, Figaro, Figaro").


Tornou-se especialmente conhecida pelo público leigo após um desenho do Pica-Pau, de Walter Lantz, ambientado numa barbearia, em que ele canta essa ária, e na produção dos estudios da Warner Bros. como o desenho, com o personagem Perna Longa,


"O coelho de Sevilha" Outras árias famosas são:


• Ecco ridente in cielo (ária de Almaviva, 1º ato)


• All'idea di quel metallo (dueto: Almaviva e Figaro, 1º ato)


• Una voce poco fa (ária de Rosina, 1º ato)


• La calunnia è un venticello (ária de Don Basilio, 1º ato)


• Mi par d'esser colla testa (sexteto, fim do 1º ato)


• Buona sera, mio signore (trio: Almaviva, Figaro e Basilio, 2º ato)


• Dunque io son (dueto: Figaro e Rosina, 2º ato)

Jan Kubelik plays "Zephyr" by Hubay