
(Purification at the Temple, Paula Rego, 2002)
França: Gravuras de Paula Rego patentes em Nîmes Mais de 200 gravuras produzidas por Paula Rego entre 1954 e a actualidade estão em exposição na Escola superior de Belas Artes da cidade francesa de Nîmes, noticiou hoje o jornal Le Monde.
Num texto sobre a exposição, o crítico de arte Philippe Dagen saúda a iniciativa e observa que esta «deveria suscitar o projecto de uma retrospectiva» da pintura da artista plástica portuguesa, sem o que «será necessário continur a ir vê-la à Tate [Gallery] em Londres».
A arte de Paula Rego - escreve - «ostenta sem receio a sua profunda bizarria e a sua ironia perversa, qualidades que sabemos serem mais apreciadas do outro lado da Mancha. Ora bizarro e irónico são adjectivos fracos para qualificar a obra, seja do ponto de vista da sua execução ou dos seus motivos».
Paula Rego, segundo Dagen, «desenha sem esforço tudo o que lhe agrada desenhar, desde o corpo humano ao bestiário mais variado, a interiores extravagantemente mobilados e paisagens nocturnas», representações que «são perturbadas por rupturas de escala, desproporções inexplicáveis, casos de gigantismo e de nanismo que tanto afectam objectos e animais como coisas».
Num texto sobre a exposição, o crítico de arte Philippe Dagen saúda a iniciativa e observa que esta «deveria suscitar o projecto de uma retrospectiva» da pintura da artista plástica portuguesa, sem o que «será necessário continur a ir vê-la à Tate [Gallery] em Londres».
A arte de Paula Rego - escreve - «ostenta sem receio a sua profunda bizarria e a sua ironia perversa, qualidades que sabemos serem mais apreciadas do outro lado da Mancha. Ora bizarro e irónico são adjectivos fracos para qualificar a obra, seja do ponto de vista da sua execução ou dos seus motivos».
Paula Rego, segundo Dagen, «desenha sem esforço tudo o que lhe agrada desenhar, desde o corpo humano ao bestiário mais variado, a interiores extravagantemente mobilados e paisagens nocturnas», representações que «são perturbadas por rupturas de escala, desproporções inexplicáveis, casos de gigantismo e de nanismo que tanto afectam objectos e animais como coisas».
Na opinião do crítico, o que a artista procura são «formulações súbitas e sem concessões do assombro e da repulsa que sente face ao mundo actual, as suas ostentações mentirosas e as suas dores secretas».
Dá como exemplo as gravuras das «Abortion Series» (séries sobre o aborto), que «infligem ao espectador golpes repetidos e não o poupam a nenhuma miséria, dureza que a artista reivindica nas suas declarações como uma exigência moral e política, a do seu declarado feminismo».
A exposição, intitulada «Paula Rego, rétrospective de l´oeuvre graphique» - «Paula Rego, retrospectiva da obra gráfica», estará patente ao público até 21 de Setembro.
Diário Digital / Lusa
Dá como exemplo as gravuras das «Abortion Series» (séries sobre o aborto), que «infligem ao espectador golpes repetidos e não o poupam a nenhuma miséria, dureza que a artista reivindica nas suas declarações como uma exigência moral e política, a do seu declarado feminismo».
A exposição, intitulada «Paula Rego, rétrospective de l´oeuvre graphique» - «Paula Rego, retrospectiva da obra gráfica», estará patente ao público até 21 de Setembro.
Diário Digital / Lusa