13 de março de 2008

Região de Turismo do Algarve vai apostar fortemente no segmento de turismo composto pelos observadores de aves.





A Região de Turismo do Algarve, segundo a edição do «Jornal do Algarve» da semana passada, vai apostar fortemente no segmento de turismo composto pelos observadores de aves.
Em boa hora o fará, apesar de a importância das dezenas de milhares de pessoas que, sobretudo na época baixa, procuram a região algarvia para se dedicarem ao seu hóbi de observar as aves ser há muito uma questão sublinhada pelas chatas das associações de ambiente.
Só no Reino Unido, que continua a ser a principal fonte de turistas para o Algarve, há um milhão de pessoas que são membros da Royal Society for Protection of Birds, a associação dos observadores de aves.
E estas pessoas dedicam muito tempo ao seu passatempo, que para alguns é uma verdadeira obsessão, levando-os a viajar para locais distantes só para observar uma determinada ave que nunca antes tinham visto.
Com isto, os birdwatchers gastam muito dinheiro, podendo sem qualquer dúvida ser incluídos nos chamados «turistas de qualidade», aqueles que ficam instalados em bons hotéis, comem em bons restaurantes, alugam carros, visitam monumentos, compram artesanato e produtos locais. Enfim, aqueles que deixam de facto riqueza nas terras que visitam.
A observação de aves é ainda uma das actividades principais do crescente número de empresas que se dedicam às actividades de turismo na Natureza.
Por isso, de forma directa, é uma actividade que promove o emprego.Mas, para que os turistas possam observar aves, é preciso que os sítios onde elas fazem os seus ninhos ou se abrigam para passar o Inverno não sejam todos ocupados por vivendas, resorts, hotéis, campos de golfe, prédios, estradas, e demais intervenções imobiliárias. Caso contrário, mais uma vez estar-se-á a matar a galinha dos ovos de ouro…


Jan Kubelik plays "Zephyr" by Hubay